domingo, 15 de março de 2015

A construção de um anti herói

Um homem solitário vivendo paralelamente à sociedade, ele mantém poucos amigos, analisa tudo e todos, pensa na miséria que é pregada pela burguesia, pensa o quão bitolados aqueles que só querem ter, possuir, adquirir, a valorização do material. E a alma? Quem cuida da sua alma? Uma alma doente em um corpo sadio. Este homem se sente excluído e considerado um louco por muitos. Ele consegue se diferenciar em praticamente tudo. Ele tem outros valores, e enxerga a vida de um modo completamente diferente. E a sociedade em geral atribui os valores burgueses para si. Este homem é solitário, ele prefere que assim seja. Ele olha para o mundo idiotizado e enxerga pessoas idiotas. Ele não se sente como parte daquilo. É como se fosse outra esfera, outra dimensão.
Ele se considera inteligente e não faz nada, não se move, apenas pensa, pensa e pensa...
Ele vive seus dias ancorado pelo niilismo, pela descrença e desprovido de esperança.
Um anti herói não é um cidadão que ‘segue’ as leis e nem é um praticamente da moral. Ele vê o mundo e se insere nele de um modo ácido. Seu humor é como um dia nublado. Suas alegrias são em tons pastel. Nunca ri alto e jamais será popular.
Seus trajes escuros, despreocupados com a vaidade, intensos naquilo que fazem fiéis em seus ideais. Assim são eles. Em alguma esquina, você encontrará algum.

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